Publicação de Antonio de S. Limongi França
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Tecnologias 4.0 a serviço da Sociedade Digital 5.0, por Antonio de S. Limongi França
Cunha, SP, 13 de julho de 2020
Em 2017 comecei a debater sobre o tema da Sociedade Digital 5.0. sem o saber. Nas reuniões que ocorriam e que continuam a ocorrer no Grupo “Cidades Inteligentes”, do Departamento de Produção (PRO) da Escola Politécnica da USP em conjunto com a Fundação C. A. Vanzolini, eu costumava destacar a importância de colocarmos a pessoa humana no topo da inteligência das cidades, pois, dizia eu, de nada adiantaria usar tecnologia digital na fronteira do conhecimento ( as ferramentas digitais 4.0) sem propiciar ou permitir que todos tivessem acesso aos benefícios dessas tecnologias, ou mesmo aos bens e aos serviços oferecidos à população de um município ou região com ou sem tais tecnologias.
Desde então venho destacando a relevância da inclusão social dos menos favorecidos em projetos de transformação digital dos negócios públicos ou provados. Surgiu então minha pesquisa de pós doutorado no PRO/Poli/USP: O uso de Blockchain em negócios de impacto social.
Em 2018 desenvolvi um sistema de gestão de resíduos sólidos domésticos com uso de Blockchain e de criptomoedas sociais em favor da cidade e dos menos favorecidos (ECOCHAIN Moeda Verde), no qual os objetivos foram:
1. Reutilizar resíduos sólidos em novas cadeias produtivas;
2. Contribuir para a diminuição de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e outras doenças;
3. Diminuir o crescimento de depósitos públicos de resíduos;
4. Gerar renda para famílias de baixo poder aquisitivo;
5. Gerar nova riqueza no município, movimentando a economia local;
6. Levar o conhecimento teórico e prático sobre as tecnologias digitais e seus usos aos jovens das escolas públicas e privadas dos municípios.
Desde 2019 estou a desenvolver uma plataforma de mobilidade urbana inclusiva, em conjunto com dignos especialistas no assunto, utilizando Blockchain para a garantia da integridade das informações e para maior agilidade no fluxo das jornadas dos usuários e dos prestadores de serviços aos usuários com deficiências físicas ou intelectuais.
Já há algum tempo venho destacando o conceito de sociedade digital 5.0, a partir dos citados projetos e de pesquisas sobre o tema, o qual, sabemos, teve origem no Japão há alguns anos.
O uso das tecnologias digitais 4.0, em ambiente de transformação digital dos negócios, tanto em fluxos horizontais em cadeias produtivas e de distribuição, seja de produtos tangíveis, seja de serviços, quanto na perspectiva dos processos, de modo vertical, farão mais sentido se buscarem, como referência maior, a oportunidade de acesso aos serviços e produtos locais por todos os cidadãos, residam eles nas áreas urbanas, residam nas áreas rurais, sejam ricos ou pobres, com ou sem deficiências físicas ou intelectuais individuais.
Sabemos que tal objetivo, para ser alcançado, precisa contar com as atividades conjuntas de empresas e de empreendedores, assim como contar com a sociedade civil organizada em parceria com governos municipais, regionais e ainda com o apoio de organismos internacionais. Precisa também de apoio jurídico e de fomento do próprio país em sua esfera federal.
Como exemplo, não basta haver recursos de telemedicina em um país se este recurso não estiver disponível para hospitais públicos das regiões mais pobres, ou não adianta a prefeitura contar com um portal de informações aos cidadãos se a internet não estiver disponível para grande parte da sua população. No extremo do uso das tecnologias 4.0 diríamos que, com Inteligência Artificial e Big Data, deveríamos analisar os dados acumulados nos bancos de dados públicos para melhor compreender os temas relevantes à população.
Tenho atuado em projetos de transformação digital voltadas a alguns desses assuntos, assim como tenho divulgado esta maneira de pensar em ambientes corporativos, como no ecossistema da INGRAM MICRO e da IBM, como também em ambientes acadêmicos e governamentais, como tenho feito no grupo Cidades Inteligentes, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e da Fundação Vanzolini e junto a órgãos públicos diversos.
Segue lista inicial de tecnologias e temas relevantes à Sociedade Digital 5.0.
1. Infraestrutura de comunicação e informática para todos no município
2. Serviços públicos ao cidadão disponíveis via portais e aplicativos
3. Serviços especializados em Educação de modo virtual
4. Telemedicina inclusiva
5. Serviços básicos a pessoas deficientes por via digital
6. Serviços de cultura e entretenimento por via digital
7. Serviços de cultura e entretenimento por via digital a pessoas deficientes
8. Uso de Inteligência artificial e análises de dados para captação novas necessidades dos cidadãos do município.
9. Uso de sistemas digitais para controle em tempo real da saúde de pessoas idosas ou com outras fragilidades.
10. Recursos digitais para domicílios distantes da área urbana
11. Uso de criptomoedas para propiciar recursos a pessoas em locais distantes dos centros urbanos
Vamos conversar mais a respeito?
Att.,
Antonio de S. Limongi França
LF1 Inovação Tecnológica e Estratégias Organizacionais
E-mail: Antonio.limongi@hx8.com.br
Antonio de S. Limongi França
LF1 Inovação Tecnológica e Estratégias Organizacionais:
Transformação Digital do Negócio - Diretor Consultor
LF1: Parceira Estratégica de negócios INGRAMMICRO / IBM
ECOCHAIN: Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos com uso de Blockchain e criptomoedas sociais - Co-criador
Fundação Vanzolini: Pesquisador do Grupo Cidades Inteligentes
Engenharia de Produção / Poli / USP: Pesquisador do Grupo Cadeias Produtivas e Gestão do Conhecimento
Mestrado em Direito Econômico e Político: A intervenção do Estado na Economia, as pequenas empresas
Doutorado em Administração: Conhecimento e Inovação Tecnológica em empresas multinacionais
Pós doutorado em Engenharia de Produção: Blockchain e Negócios de Impacto Social
APROCORTE: membro da Associação de Produtores de Gado de Corte - Vale do Paraíba